A seguir, um pequeno relato da Família Mozzini, em Silveira Martins, e sua partida
rumo ao Planalto Médio do Rio Grande do Sul:
b) A Igreja sempre foi contra métodos anticoncepcionais e pregava que a mulher deveria ter tantos filhos quantos Deus desejasse, tendo como prêmio, o céu, se assim procedesse; c) Necessidade de povoamento das colônias, associado ao fato de que filhos significavam mão-de-obra para as famílias. O número excessivo de filhos, mais tarde, trouxe um grande problema para as próprias famílias. Os lotes de terra recebidos pelos colonos, não eram o suficientemente grandes para se fazer uma partilha entre todos os filhos, de tal forma que cada filho recebesse uma porção de terra significativa. Isso fazia com que os descendentes não tivessem condições de progredirem, obrigando-os a procurarem novos caminhos. Foi o que aconteceu com a família de Giuseppe Vincenzo, que teve 10 filhos. Seu terceiro filho, João Jorge Mozzini, que na época já tinha 3 filhos, além de possuir pouca terra não tinha vocação para a agricultura. Se não era um bom agricultor, por outro lado, era um excelente marceneiro, profissão que abraçou até a velhice. No ano de 1921, João Jorge resolveu vender seus bens em Silveira Martins e rumar para o Planalto Médio. Estabeleceu-se na localidade de Sertão (Distrito do Município Getúlio Vargas-RS). Lá, arrendou um moinho, montou uma carpintaria e uma Fábrica de Cadeiras Coloniais. A produção de farinha e cadeiras coloniais eram suas atividades principais, porém na carpintaria, fabricava também, carroças, carretas, charretes, rodas e outros objetos. |